Beher. Um mundo 100 % ibérico

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História

Empresa familiar na sua essência, a Beher – cujo nome deriva da junção do nome do seu fundador, Bernardo Hernandez – é conhecida pela excelência dos seus produtos de porco 100% ibérico. Criada nos anos 30 em Guijuelo, numa altura em que o negócio em redor do presunto era ainda feito por compradores e representantes que partiam de comboio em busca de novos clientes, a empresa cresceu mas nunca perdeu o seu cunho tradicional e familiar – até à data, são já três as gerações da família Bernardo Hernandez a tomar conta dos destinos do grupo. Apesar de a concorrência em Guijuelo ser muita (estima-se que o número de empresas ligadas à indústria chacineira na pequena localidade espanhola ascenda as 100), a Beher destaca-se das demais por contar com produção animal própria desde os anos 80. Uma opção que permite à empresa controlar todo o processo de criação dos porcos ibéricos, desde a inseminação artificial até ao abate, garantindo que a matéria-prima que é depois transformada numa larga variedade de produtos tem selo de qualidade garantido. Para além do presunto, a grande estrela do seu portefólio, a Beher também comercializa carne fresca (e ultracongelada), chouriço, salsichão, lombo curado, entre muitos outros produtos. Em comum têm a matéria-prima, o porco 100% ibérico, que é aproveitado na sua totalidade e trabalhado sempre de acordo com os métodos tradicionais partilhados por várias gerações.

Bernardo Hernandez

Nós somos a quarta geração da família

Guijuelo

O berço do ibérico. Um lugar único no mundo

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Denominaçao de Origem Guijuelo

Uma pequena localidade na província de Salamanca, Guijuelo é um dos polos mais importantes de Espanha no que à produção de carne e produtos de porco diz respeito. Considerada “o berço do presunto ibérico”, a vila, localizada entre as serras de Béjar, Francia e Gredos, está desde há muitos séculos associada à produção e à cura tradicional do porco ibérico – uma tradição passada de geração em geração que tem nas condições climatéricas da zona um dos seus grandes trunfos (ver p.X). Não se sabe exatamente quando se terá iniciado a tradição de salgar e curar o porco ibérico em Guijuelo, mas há uma data que é por todos apontada como um momento de viragem para a pequena localidade espanhola: 1896. Foi neste ano que chegou a Guijuelo a ferrovia da Ruta de la Plata (um trilho que liga Sevilha a Gijón, atravessando Espanha de Sul a Norte), permitindo que os produtos até aí apenas apreciados pelos habitantes da região de Salamanca chegassem a todo o País. Exatamente um século depois da chegada da ferrovia, em 1986, foi criada a Denominação de Origem de Guijuelo, com o intuito de proteger e reconhecer a autenticidade do seu presunto ibérico. Hoje, a indústria chacineira de Guijuelo, da qual a Beher é uma das principais protagonistas, é uma das mais prósperas de Espanha, mantendo os preceitos tradicionais que fazem do seu presunto ibérico uma das iguarias mais apreciadas do país.

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Pureza
y libertad

Na origem de um produto premium, está sempre uma boa matéria-prima. É esta a premissa da Beher, que tem no porco de raça ibérica pura a garantia de um produto final de qualidade superior. Com cerca de 3000 mães reprodutoras e 70 machos distribuídos pelas várias quintas da empresa, em Espanha e Portugal, todos os porcos criados pela Beher estão inscritos no livro genealógico da Aeceriber (Asociación Española de Criadores de Ganado Porcino Selecto Ibérico Puro y Tronco Ibérico), que certifica que a sua raça é 100% ibérica, sem qualquer cruzamento. Com pele de cor escura, que pode ir do cinzento ao preto, os porcos ibéricos distinguem-se por não terem pelo e pela sua magreza – um traço fisionómico que muito se deve ao facto de serem criados normalmente em liberdade, o que resulta num elevado gasto calórico e consequentemente numa carne magra e muito saborosa. Habitantes da Península Ibérica desde a Antiguidade, os porcos de raça ibérica têm contribuído decisivamente para a preservação do ecossistema mediterrânico, sendo um excelente exemplo de como devem ser os atuais sistemas de produção animal: economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis.

MATÉRIA-PRIMA:
100% IBÉRICO

O nosso porco

Ciclo de criação de 360 do porco ibérico a 100% elaboraçao artesanal

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Processo de Criação Controlado

A meticulosa seleção genética feita no centro de inseminação próprio é apenas o primeiro passo de um processo de criação onde nenhum pormenor pode ser descurado. Colocando o bem-estar animal sempre como uma prioridade, a Beher garante as condições ideais para o correto desenvolvimento dos animais logo desde o seu nascimento – as maternidades têm climatização, música e proporcionam limpeza diária às mães e às crias. A partir dos cinco meses, todos os porcos são criados em liberdade nos extensos campos que são propriedade da empresa, podendo ser alimentados de duas formas distintas: os que apenas ingerem bolota, proveniente do sobreiro ou da azinheira, e os “cebo de campo”, designação dada em Espanha aos animais que se alimentam com um regime de rações feitas à base de cereais e ervas. A alimentação rigorosa é um dos pontos dos quais a Beher não abdica, fabricando diariamente a ração que serve de alimentação base para os porcos “cebo de campo”. Com uma fórmula desenvolvida por uma equipa de veterinários nutricionistas, a ração é feita a partir de uma mistura de cereais provenientes da província espanhola de Castilla y Léon, que são submetidas a análises específicas (peso, proteína bruta, fibra bruta ou humidade) de forma a impedir qualquer tipo de contaminação ou anomalia. Uma alimentação adequada que, aliada ao seu estilo de vida ativo, permite que os porcos se desenvolvam de forma saudável até ao momento do abate, entre os 15 e os 18 meses de vida – ao contrário dos que acontece com outros produtores, que aceleram o momento do abate de forma a ter maior rentabilidade, na Beher é imperativo que essa etapa apenas aconteça quando o porco estiver totalmente desenvolvido, quer do ponto de vista morfológico quanto fisiológico.

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Processos de
Elaboração

Feitos de acordo com métodos tradicionais, os processos de desmanche, salga e cura da carne de porco da Beher são muito influenciados pelo clima de Guijuelo. Os invernos compridos, frios e secos e os verões quentes e curtos reduzem o tempo de salga, enquanto que os ventos secos e frios das serras circundantes garantem um processo de cura natural.

Processos de produção sustentáveis e artesanais

Quintas em Portugal.

Os nossos porcos são alimentados em Portugal com a melhor bolota dos melhores pastos.

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Alentejo

Em 2014 foram inauguradas duas novas quintas na região portuguesa alentejana: Maldorme e Teixeira. Durante a última década as explorações têm vindo a renovar-se e a adaptar-se constantemente para garantir que a produção de espécimes 100% ibéricos esteja em conformidade com as normas de bem-estar animal e ambientais. Estas fazendas estão destinadas à engorda da nossa produção durante o período conhecido como «Montanera».